Comemorar como quem põe mais um prego no caixão é
recusar a potência inscrita de liberdade, justiça e igualdade que Abril trouxe
e que existe tão intacta quanto tem vindo, de novo, a tomar a forma de um
desejo colectivo como o prova a manifestação abrilista, única de abrangência,
clima libertador e diversidade, de 15 de Setembro de 2012. Em Portugal
deseja-se um novo Abril propulsionado pelo de 1974 – é por não ter sido
cumprido, tendo acontecido, à vista como uma terra boa que se julga achar, que as
potencialidades são reais enquanto Abril não estiver para além da memória ou
pela via da usurpação da sua carga simbólica convertido no que não é, um
qualquer 25 de Novembro. Os sinais desse desejo acontecem diariamente contra uma
verdade oficial que ocupa a média televisiva, em particular e estrategicamente
– é uma ocupação sistémica com alibis de democracia pelo meio, tal como sucede
com o Parlamento, instituição do regime que neste momento não é representativa
nem da nação, nem dos imperativos de liberdade e futuro.
Ainda agora, 21 de Abril de 2014, o debate sobre o 25 de Abril com Soares, Pacheco, Freitas e Rosas mostrou e demonstrou esse desejo de democracia como programa e constrói um imaginário para estas europeias de verdadeiro plebiscito a uma alternativa e de derrube da ditadura que aí vem – os termos que se usam para caracterizar a política governativa são claros, que se está a criar uma sociedade “ não democrático e autoritária” (Pacheco), contra “os direitos humanos e a inteligência” (Soares), que “despreza as pessoas, descartáveis, governo desumano” (Freitas), “eles fingem que são democratas, é preciso derrubar este governo” (Soares).
Ainda agora, 21 de Abril de 2014, o debate sobre o 25 de Abril com Soares, Pacheco, Freitas e Rosas mostrou e demonstrou esse desejo de democracia como programa e constrói um imaginário para estas europeias de verdadeiro plebiscito a uma alternativa e de derrube da ditadura que aí vem – os termos que se usam para caracterizar a política governativa são claros, que se está a criar uma sociedade “ não democrático e autoritária” (Pacheco), contra “os direitos humanos e a inteligência” (Soares), que “despreza as pessoas, descartáveis, governo desumano” (Freitas), “eles fingem que são democratas, é preciso derrubar este governo” (Soares).
O que é necessário fazer é o que não se fez e foi possível
em embriões de novas sociabilidades destruídos policialmente pela “normalização
democrática” primeiro e pela integração europeia depois – esta nunca aconteceu
pela convergência entre os níveis de desenvolvimento díspares e as
desigualdades nacionais, no plano do aprofundamento das democracias versus
qualidade das vidas de cada país. O que aconteceu foi uma dissociação progressiva
entre países numa integração subalternizante para os do Sul, europas de primeira,
segunda, terceira e por-aí-fora. A bitola das desigualdades não cabe na visão
mecânica das estatísticas, há portanto a considerar nos países avançados as
comunidades emigrantes que, com regresso de um racismo activista, colocam
questões mais que problemáticas à ideia de uma Europa da inclusão – pelo
contrário, como temos visto na Alemanha, em França, na Itália e na Inglaterra.
A conversa das duas velocidades oculta ainda muitas outras realidades, a
velocidade em si não é uma via de integração, só tem como ideia aquela pobre
ideia do desenvolvimento enquanto fenómeno quantitativo e movimento perpétuo de
progresso, hoje mais que posto em causa e sinónimo de destruição do planeta. A
democracia na Europa é uma questão, a economia fê-la submergir, a política foi
secundarizada, existem questões de liberdade, culturais, religiosas e raciais
que não são irrelevantes nem coisas do passado, resolvidas – essa Europa já não
o é.
A propaganda do establishment, assumidamente
pragmática, a política real, culpando-te a ti, do Sul por seres quem és em nome
de uma superioridade laboral especificamente alemã lança de novo o mote da
superioridade racial e está presa à venda da ideia – as ideias são marketing
para o poder conservador neoliberal europeu, consumo, horizonte atingido no
lugar de Deus - de um pragmático comboio de duas classes, esquecendo que muitos
viajam na carga e clandestinos e outros estão parados onde nada chega, os
interiores abandonados em que vivem populações idosas, além de que, nas
fronteiras da Europa muitos morrem numa espécie de catástrofe constante, como
acontece em Lampedusa ou Melilla. O desejo de Eldorado persegue uma figura
fantasmática, mas prossegue, a terra prometida é cada vez mais um espaço
securitário burocrático, fortaleza acossada. Essa propaganda que afirma que
apesar de tudo continuamos a parte do mundo civilizado mais civilizada enquanto
deita para o lixo justamente o estado social que a caracterizava enquanto tal,
esconde também, por exemplo, que a disparidade salarial na Europa civilizada
pode chegar a abismos de distância como acontecia nas sociedades asiáticas de
outrora: o salário de Gaspar é de 22.400 euros, muitas pensões rurais não
atingem os 250 euros e esta diferença está longe de ser aquela que se verifica
no sector bancário e privado em geral, em que há indivíduos, lembremo-nos dos
Jardins Gonçalves das Opus Dei que são donos de pirâmides de ouro tendo
enriquecido pela via da gestão, das administrações, do tráfico de influências e
da especulação.
Abril interessa pelas conquistas, praticamente
destruídas - não tendo sentido uma fixação na sua reconstrução mecânica como A política alternativa – mas interessa
mais pelo que encerra de não realizado ao tempo: a revolução que se viveu como
experiência mas que não se enraizou como democracia real.
A tomada real do poder por um bloco social que não
veja o futuro como dependência, sujeição a terceiros e pseudodemocracia massivas,
devir empobrecido, desqualificado, pura imitação do que deva ser uma
democracia, é decisiva. Tomada do poder por um bloco vasto que deseje um país
da pluralidade das culturas que ao mesmo tempo não faça desaparecer a
maravilhosa língua que nos identifica e teve um papel moldador de outros
mundos, não fosse a nossa língua, uma pátria aberta aos falantes de outras
línguas, matriz de pluralidades culturais, nas origens e nas consequências das partilhas
com outros, vejam-se os crioulos, o português do sertão nordestino, de Moçambique,
o português brasileiro, todas as formas de falar a língua que nenhum acordo
travará e que beneficiariam, todas elas, de um contacto permanente e profícuo
com uma matriz cuidada e amada. O que supõe uma política da língua menos
obcecada pelo inglês, seja técnico ou de praia e sorria yes no dente perfilado para turista consumir... Se ao menos fosse o
de Shakespeare estaria perto de uma mitologia comum greco-latina e até, já que
o inglês tem o seu latim dentro, de uma matriz algo coincidente, parcialmente.
O problema do português é também o da colonização da língua, a sua
descaracterização fruto da política real, uma antipolítica, como o é a questão
da natalidade. São questões decisivas.
Abril comemorado como o fazem oficialmente é um Abril
desvitalizado, sem a sua “cafeína”, um Abril contra Abril. A normalização
democrática, como a expressão trai, foi um modo de converter as conquistas que
chegaram a ser direitos praticados num misto de romagem de saudade a Abril de
1974 e de alguma excitação polémica em torno da sua curiosidade histórica, tempo
excêntrico, particularmente para os que não viveram Abril e a quem vendem a ideia
de uma espécie de período de pés descalços no poder, de momento de loucura
pouco mansa dos avós, de nenhuns brandos costumes, de desgoverno – desgoverno
que agora nos conduz para o abismo e que assim olha Abril, um Abril que não
foi, enquanto durou, obcecado de bancos nem em mercados, mas em população e
democracia. Abril que nada teve de carnificina e que se algum sangue trouxe foi
pelo anticomunismo e antissocialismo de meia dúzia é apresentado como
excessivo, tresloucado, quando terrorista era o sistema a que deu fim – em
Abril até o PSD era socialista e contra a exploração, falava mais em trabalhadores
do que em classe média, claro que a estrutura do voto – social - era outra.
Um novo “respeitinho é que é preciso” é o que quer
este “jovem poder”. Querem uma espécie de passividade contente do sacrificado –
é a visão de um “cidadão” obediente ao chefe - que vota na via única da dívida como
não havendo para além dela outra vida – com eles vão voltar as bandeirinhas e o
corta-fitismo, as várias inaugurações para a mesma coisa inaugurada, como já
acontece. A propaganda hoje omnipresente anda exultante. Eles confundem, de
facto, regressão com vida e futuro com retrocesso, estão mais perto de Salazar
do que dos economistas que não cessam de citar, as suas políticas são tão
científicas quanto os resultados que apresentam: fome como nunca houve (25% dos
portugueses no limiar da pobreza e muitos nem isso), desemprego/emigração (não
se pode ler de outro modo), vulgarização e destruição do universo escolar, dos
aparelhos mínimos da cultura e das artes, concepção da sociedade como uma
espécie de falanstérios de vida/produção concentrados, com as pessoas a receber
salários menos que mínimos e a viver em espaços urbanos degradados, população
que deve estar agradecida e dobrar a cerviz pelo esforço que os governantes fazem
– se eles soubessem o que custa governar! Onde é que já ouvimos isto? Um país a
ser “organizado” como urbanizações degradadas de um lado e, a par, uma política
de condomínios para criaturas Gold, algumas já nas prisões por branqueamento de
capitais. Em Espanha o BES foi multado por coisa parecida, ter clientes ligados
a essa prática. O turismo é outra das obsessões, não um turismo que respeite as
identidades culturais, mas um turismo folclórico que transforme os “indígenas”
em criaturas gentis, guardanapo no antebraço, a prumo vincado do ferro, mal
pagos mas agradecido pelo emprego, essa raridade em vias de extinção, a servir
os reformados e turistas do Centro e Norte da Europa, da China e de outras
paragens em que o crescimento económico prevalece, numa conversão do litoral
num outro país em que domina um inglês de troca comercial, uma espécie de
colónia dos paradigmas do lazer, peixe fresco e sol, em que somos apenas os
serviçais, cozinheiros, barmans, criado de mesa, camareiras, porteiros e outras
profissões altamente qualificadas. A quantidade de Escolas de Hotelaria que
pulularam, por um lado e de campos de golfe e resorts, por outro, mostram bem a visão que os poderes têm da
relação com esses terceiros do dinheiro- resta obviamente acrescentar os universos
colaterais das prostituições e da pedofilia para um quadro completo, são
negócio não será!
Os tais excessos que dizem que se praticaram em Abril
– Oh saudoso PREC, quantas injúrias te lançam levianamente! - não foram o
suficiente para vivermos hoje uma democracia plena, tivessem esses excessos
ajudado a cumprir Abril. Vivemos um simulacro. Os sinais mais evidentes disso
são por certo, repito, a pobreza, 25% da população, o desemprego, a emigração
que voltou, a generalização do medo e a eleição do gesto da delacção como “cidadania”
premiada pelo poder. O que aconteceu nos transportes públicos recentemente, o
convite a delatar quem não paga ou não valida o famoso bilhete e esta coisa do
concurso das facturas com prémios Audi, revelam o enfeudamento total a uma ideia
de “cidadania” exemplificada paternalmente pelo lado de uma sujeição total à
contabilidade de si mesmo e ao policiamento do outro – não só vives para te organizares
como burocrata de ti mesmo, ficas fichado, mas és também polícia do próximo,
isto é: preenchem-te um tempo mental e controlam-te por todo o lado, nas portagens,
balcões, escola, hospitais, etc., enquanto querem que sejas tu também controlador,
controlador controlado. És vídeo-vigiado e nem dás por isso – o que eram visões
de utopistas alucinados na literatura, vem-se insinuando como real. Tudo em
nome da dívida e, não esquecer, do combate ao tal terrorismo que é alimentado
pelas lógicas do antiterrorismo globalizado do Estado Espectacular Integrado.
Aliás com o 11 de Setembro americano – que vale o de Allende?- os calendários e
suas simbólicas datas foram revalorizados ideologicamente, perdendo força tudo
o que era libertador e reforçando-se tudo o que é securitário e policial.
Voltou tudo aquilo que motivou o 25 de Abril excepto
a guerra colonial. De um peso equivalente hoje e mais grave, é a perda da
soberania. Se antes de Abril o poder era uma força totalitária contra o povo,
que não era soberano e vivia sem direito de voto e opinião livre, não decidia o
seu destino, agora a entrega da soberania à Alemanha e a organizações “internacionais”
dela e dos Estados Unidos dependentes, no quadro da negação de uma Europa de
soberanias interligadas livremente, faz de Portugal um país colonizado,
tutelado, protectorado como assumiu o direitista Portas com orgulho de
protegido – necessita ser defenestrado pois. Colonizado porque a “integração”
tal como se processou é uma descaracterização da nossa identidade cultural e
linguística – a história do acordo ortográfico tem um significado político pois
cede na matriz para traficar uns cobres, para se inglesar na vocação
comerciante, os curricula escolares de Bolonha são de um generalismo wikipédia
antieuropeu e pouco português no sentido de uma identidade cultural aberta, de vulgarização
reles de conteúdos de conhecimento, de redução da extensão e pluralidade do
saber (está tudo na net, é com cada um, dirão! como se aprender a nadar fosse
uma questão só de haver um mar, um mar infinito, claro, sem ondas nem peixes
maus, alguns com grandes bocarras). O que era superior e qualificado, é
inferior, vulgar e mimético, citam-se blocos de net por pura mecânica numa
prática totalmente desconexa, absurda. Descontextualizada. E somos tutelados,
colónia, porque não temos um governo autónomo mas um governo guiado de fora, satélite
dos mercados financeiros e da Alemanha, obediente e covarde.
O que hoje sucede politicamente e na economia como
sujeito único é mais inspirado no salazarismo do que na libertação que os
militares trouxeram – a liberdade que é uma conquista é o princípio necessário de
mais liberdade, de um enraizamento da liberdade que liberte e crie igualdade,
justiça, qualidade da democracia. Governa-se sob o primado de uma ditadura
financeira que, em si, não gera democracia, antes a destrói. O que o défice e a
suposta política anti défice trouxeram é a instauração de uma prática do lucro constante
de um núcleo restrito de credores vorazes a que chamam mercados financeiros,
muito para além da expressão real do pagamento da dívida e na recusa constante
de que deva ser auditada – temos todos de ir a fundo e perceber o que se passa
e não ir atrás do que nos contam...
O sistema da dívida e a redução da política à
contabilidade da dívida, aliados ao não questionamento da lógica especuladora
do crédito, são em si um Novo Velho Regime – Salazar começou nas Finanças - o
da concentração de modos lucrativos que nem sequer na economia se baseiam. O
financismo é uma roleta manipulada por especuladores sem escrúpulos que, não
sendo cretinos e actuando sistemicamente, têm também um certo calendário
político – que significa agora, perto do acto eleitoral, o verdadeiro fogo de
barragem de boas notícias numéricas quando as más continuam péssimas e os
problemas por resolver? Só mesmo a inabilidade deste governo e as suas
contradições infantis e constantes - não é um poder adulto -, como agora em
torno do sal e assucar, imagine-se, tornam a propaganda mais vulnerável do que
eles gostariam, fruto de uma incompetência política levada a extremos, bebida
nas juventudes partidárias e no desprezo pelo estudo e conhecimento, pelo tempo
- são golpistas, oportunistas.
As pessoas vão atrás dos números e já não querem
ouvir palavras? Tudo se resume à demagogia de uns quantos dados estatísticos a
dar ao ambiente informativo – ideológico - consumível um ar científico de
inevitabilidade – a tal “ciência” estatística só serve para augurar o pior, é
pura astrologia ronceira, de feira. Isto quando sabemos que a desregulação é justamente
o modo de controlo dos poderes especuladores e que a sua “ciência” não tem
outra regra para além da arbitrariedade dos tais mercados. A desregulação, o
que é ela mais do que permitir a manipulação a quem tem o poder de impedir a
regulação controlando governos e lei? Se tens a faca e o queijo na mão cortas a
fatia que queres para ti e desenvolves junto do outro a tua política de
redistribuição para famintos em doses “homeopáticas” de relativização da fome e
do medo, crias o trauma, a patologia da inevitabilidade da via na cabeça do
consumidor, enterrado cidadão entretanto empobrecido, precário, zé-ninguém.
Abril fez-se contra a guerra, contra a exploração,
contra a PIDE/DGS, contra a miséria, contra o analfabetismo, contra a condição
periférica e o isolamento internacional – éramos um Estado pária, pois -,
contra a necessidade de emigrar, contra o subdesenvolvimento, contra a escola
elitista, contra a incultura, contra o abandono forçado dos campos, contra o
absentismo dos terra-tenentes alentejanos, contra o trabalho precário, contra a
inexistência de direitos sociais, laborais, de opinião livre, contra a
proibição de organizar partidos, contra a violência terrorista do Estado
fascista, contra a proibição da palavra, contra a liberdade de escrever,
contra, contra… a subserviência e o medo eram fruto da omnipresença repressiva,
o Estado tinha um rede de informadores e polícias que eram a extensão
permanente da sua mão de ferro em todas as realidades íntimas, familiares, em
todos os espaços de tentativa de organização política ou apenas de manifestação
pública de ideias. O teatro, politicamente, viveu confinado, como numa reserva,
sem uma verdadeira expressão pública e protestava quando podia com astúcia,
Brecht era proibido, a literatura foi perseguida, as realizações públicas eram
vigiadas e serviam muitas vezes para o regime fingir uma abertura que
impedia. O lápis azul era o meio
ridículo de uma amputação constante da criação, a mão do censor prolongava o
juízo do inquisidor, vinha de séculos de arbitrariedade.
Estamos agora não no caminho do mesmo, desse fascismo
que foi o nosso, não faz sentido esse tipo de comparações como homogenias
temporais, mas num caminho em que aspectos do mesmo teor repressivo,
totalitário, não democrático, estão aí. A este tipo de nova ditadura
chamar-se-á o quê, um fascismo pós-moderno? Não se trata apenas de um problema
de nome, ele há muitos que identificam o que acontece, embora o termo
financismo, por exemplo, tenha uma falta de conotação política necessária – diz
uma coisa mas não diz a outra. A questão do autoritarismo social é no entanto
real, na nossa vida quotidiana, profissional, pública. O ambiente que vivemos é
já o resultado de um regime que se tem vindo a instalar e cujos traços essenciais
são repressivos e castradores, policiais e com obsessão de omnipresença
controladora, até ao sal que se consome.
A atitude da Presidente da Assembleia da República,
Dr.ª Assunção Esteves, o modo displicente da resposta dada aos Capitães de
Abril, de quem viveu Abril em Valpaços pela mão do pai alfaiate (e da concelhia
do PSD) como diz a sua curta biografia na net, explica claramente a que ponto a
instituição mais emblemática do que deve ser a democracia está contaminada na
tutela pelo tique de um autoritarismo decisionista e irreflectido,
“espontâneo”, tão colado à pele da Presidenta que nos faz pensar em outros
tempos e em certo tipo de alienígenas. Estas pessoas não veem o que todos veem,
então o que veem, são de que estranha origem, de que planeta?
Abril está por cumprir e porventura virá como uma nova
Primavera, venha quando vier, no Inverno seja… e que se cumpra.