quinta-feira, 11 de julho de 2013

A fábula do golpista, do coelho-oco e do cavaco-duro

Coelho Oco – Oh, Portas do poder, fechais-vos assim para mim. E a cenourinha, onde vou buscá-la que não quero cultivá-la. Conhecem algum coelho horticultor? Estive no empresariado mas apenas para projectar tocas em torno de aeródromos, tocas acústicas para atenuar o impacto sonoro-ecológico das avionetas incendiárias, uma coisa de formação para surdos aviadores toupeiras com asas, com dinheiros do quadro comunitário agrículo-aviador – temos Mar, mas temos céu que o espelha, o nosso céu é também o céu da nossa ilimitada fronteira marítima – os fogos do futuro estão no futuro e o futuro é o Mar cá dentro.
Portas Falso – Eu quando fecho a porta fecho a porta, sou inexorável, irrevogávelirrepetível, irra… cionacio, na…cio…nal… algo, filho de algo.
Cavaco Duro – Temos chuva na eira e chuva no nabal, algo está mal, nada proverbial. Vou à Wikipédia. Eh pá, aqui diz: água a mais não dá saúde nem faz crescer. Vou consultar o papel, o que será crescer? Se fosse crescimento era fácil, mas crescer!
Coelho Oco  Oh Portas, abre lá. O que tens tu contra a Albuquerque? Querias uma Sacadura Cabral ou outro animal?
Portas Falso – Eu quando fecho a minha porta, a minha porta, a porta do meu táxi-existencialfecho-a para sempreA minha porta fechada é uma porta ética.
Cavaco Duro – Pé de cabra: instrumento que parte portas – não é necessário no caso das portas falsas pois estas reabrem sozinhas, por si mesmas, são animadas pela flexibilização ética ilimitada, o que nada tem com a flexibilidade laboral que é uma ginástica para pobres.(monologado murmúrioGrande salada.
Gazua: instrumento que abre qualquer portas e que qualquer portas conhece. É esguio e penetra silenciosamente, parece-se com uma lingueta espalmada. Eh pá, que complicação. Pé-de-cabra ou gazua diz-me tu, Oh Madame do Leste? Ainda me boliqueimo.
Coelho Oco – Abre lá, senão acabou-se para ti e para mim e sais dos 10 mais, ficas pequenino estatístico, assim mindinho numérico, tás a topar. E eu não sou horticultor, não tenho cenouras minhas, nem nada assim. Cenoura minha gentil que te partiste abre lá…
Portas Falso – (abrindo a porta e espreitando o coelho que está de joelhos virado para os Jerónimos) A porta está fechada.
Cavaco Duro – Vou ver a lei. A lei vai safar-me.
Portas falso – (fadado pelo destino, agora na moldura da porta, em corpo inteiro para a História – reparem no H) A portas está fechada, sou um plural majestático, sou IRREVOGÁVEL.



fernando mora ramos

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