Portas Falso – Eu quando fecho a porta fecho a porta, sou inexorável, irrevogável, irrepetível, irra… cionacio, na…cio…nal… algo, filho de algo.
Cavaco Duro – Temos chuva na eira e chuva no nabal, algo está mal, nada proverbial. Vou à Wikipédia. Eh pá, aqui diz: água a mais não dá saúde nem faz crescer. Vou consultar o papel, o que será crescer? Se fosse crescimento era fácil, mas crescer!
Coelho Oco – Oh Portas, abre lá. O que tens tu contra a Albuquerque? Querias uma Sacadura Cabral ou outro animal?
Portas Falso – Eu quando fecho a minha porta, a minha porta, a porta do meu táxi-existencial, fecho-a para sempre. A minha porta fechada é uma porta ética.
Cavaco Duro – Pé de cabra: instrumento que parte portas – não é necessário no caso das portas falsas pois estas reabrem sozinhas, por si mesmas, são animadas pela flexibilização ética ilimitada, o que nada tem com a flexibilidade laboral que é uma ginástica para pobres.(monologado murmúrio) Grande salada.
Gazua: instrumento que abre qualquer portas e que qualquer portas conhece. É esguio e penetra silenciosamente, parece-se com uma lingueta espalmada. Eh pá, que complicação. Pé-de-cabra ou gazua diz-me tu, Oh Madame do Leste? Ainda me boliqueimo.
Coelho Oco – Abre lá, senão acabou-se para ti e para mim e sais dos 10 mais, ficas pequenino estatístico, assim mindinho numérico, tás a topar. E eu não sou horticultor, não tenho cenouras minhas, nem nada assim. Cenoura minha gentil que te partiste abre lá…
Portas Falso – (abrindo a porta e espreitando o coelho que está de joelhos virado para os Jerónimos) A porta está fechada.
Cavaco Duro – Vou ver a lei. A lei vai safar-me.
Portas falso – (fadado pelo destino, agora na moldura da porta, em corpo inteiro para a História – reparem no H) A portas está fechada, sou um plural majestático, sou IRREVOGÁVEL.
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